26 fevereiro, 2021

É esta a vossa forma de apoio a Ana Rita Cavaco?


Escrevo estas palavras com desalento. 

Desalento por constatar que há enfermeiros que, imbuídos num padrão antidemocrático, usam a ofensa, ódio, injúria, ridicularização, discriminação e preconceitos esteriotipados, como arma contra quem tem uma opinião diferente das suas. 

Foi isso mesmo que há cerca de dois anos me fez deixar de visitar páginas de enfermagem em redes sociais. O lixo e a falta de educação era constante. Desgastava-me a ler ofensas entre enfermeiros e a tentar mudar algumas visões fixas e erráticas, quando na verdade, ambos sabíamos que era uma perda de tempo. Responsabilizo em parte os administradores das páginas de Enfermeiros no Facebook. Sei que é praticamente impossível controlar e moderar todos os comentários, mas há colegas que, há vários anos, são recorrentes no insulto. Na minha opinião, após os respectivos avisos, ser-lhes-ia vedado o acesso, pois o único objectivo que têm é denegrir a imagem de quem discordam, ofender, ridicularizar e discriminar.

Agora surgiu este Manifesto pela Dignidade e regresso ao lugar que prometi não voltar. Vale-me ao menos todas as reações positivas e mensagens de ânimo, a contrastar com as ofensas de quem está muito nervoso e irritado com um Manifesto, que é o culminar de um Movimento que quer tomar uma posição, iniciativa essa que está consagrada na Constituição da República Portuguesa.

Assim, antes de prosseguir com o assunto do post, vamos ao mais importante.

Colega, se não te revês em:


  • Atropelo à imagem e dignidade dos enfermeiros, decorrente das posições da bastonária dos enfermeiros, com ofensas e insultos a inocentes (e supostos culpados) das acusações de incumprimento das regras de prioridade vacinal e a enúmeros enfermeiros, seus colegas, que com educação, expõe factos e pontos de vista.
  • Vários processos em tribunal, em curso e já terminados, pagos com o dinheiro das nossas quotas.
  • Irregularidades por parte de Ana Rita Cavaco, nas assinaturas da sua folha de Ponto no seu anterior local de trabalho (foi arguida e constituida culpada por, "falsificação da folha de presenças, uma vez que a preencheu, relativamente a dias e horas em que declarou ter estado ao serviço, não o tendo estado")
  • Processo da Sindicância em MP, ameaças e confirmações de processos de difamação e o processo em investigação, já antigo sobre suspeitas de falta de transparência e uso indevido de verbas da OE.
  • Atropelo à imagem e dignidade dos enfermeiros, decorrente dos muitos milhares de euros pagos à SIC, para uma telenovela "promover" de forma absurda os enfermeiros.
  • Centenas de milhares de Euros pagos em avenças para serviços prestados à OE, por parte de amigos do CHEGA e PSD. (nem que fossem do PS ou BE)
  • Clima permanente de guerrilha com o MS, o que mantém inviabilizado o diálogo e o consenso.

Envia tua intenção de leitura e de assinatura do Manifesto para:

manifesto.dignidade.cj@hotmail.com


Regressando atrás, 

Uma ideia que começou num post no meu Blog, ganhou forma, volume e neste momento, por muita pressão, intimidação, coação, ridicularização, confusão e desvios de atenção que hajam, não tem ponto de retorno.

Afinal onde está o sentido democrático destes colegas, que pisam quem, de forma legítima, ponderada e educada, se manifesta, não aceitando o que se tem passado, principalmente em torno da líder da OE ?

A grande questão é que muitos incomodam-se com esta tomada de posição, mas não vi nem um, a contra-argumentar as acusações que, educadamente e comprovadamente, estão a ser feitas a Ana Rita Cavaco e que serão plasmadas no Manifesto pela Dignidade. 

É esta a vossa forma de apoio a Ana Rita Cavaco?

Não uso uma estratégia de vitimização muito característica neste populismo que tanto admiram, apenas apresento provas, factos. 

Denuncio, demonstro e comprovo aquilo que é um ataque vil e cobarde à minha, e à de tantos outros, liberdade de opinião.

Provas onde é patente a falta de educação e respeito por quem defende algo diferente daquilo que tu defendes.

Não sou vitima, porque as vitimas sofrem e são atingidas e a mim não me atingem, nem me demovem, apenas me fortalecem e dão ainda mais sentido a este Movimento - Manifesto

Sou integro e a minha consciência está cristalina como a água que nasce na “minha” Serra d´ Arga. 

Vamos por pontos:

Ofensas. Aqui podemos verificar o verdadeiro arauto da ofensa, Sr. Enfermeiro Fernando Dias, que exerce funções na Ordem dos Enfermeiros, a confirmar aquilo que todos sabem, mesmo os que o aplaudem. 

O senhor que escreve, e passo a citar: "o que nos distingue é que eu nunca quis ter essa tal importância. Ao contrário de vossa excelência que quase rasga o cú só para lhe darem um segundo de atenção". 

O mesmo senhor que foi convidado para a Ordem, porque era muito "famoso"e activo nas redes sociais e não poderia estar no "lado inimigo".


Continuação de ofensas por parte de outros colegas, que espero eu, nunca venham a ser os meus colegas.




Ridicularização.




Perseguição, descriminação, preconceito estereotipado. Aqui podemos constatar este dignissimo colega que se deu ao trabalho de invadir o meu perfil, para espiar os meus gostos e interesses. Para ele, o facto de eu e mais de uma centena de pessoas, nos estarmos a manifestar por algo que não nos representa em absoluto, é sinónimo de “comunista, marxista e socialista!”.

Para quem tem tantos problemas com os meus gostos políticos, eu volto a repetir e esclarecer. Não estou, nem estive filiado em qualquer partido. Identifico-me mais com políticas de esquerda. Nunca políticas extremas e principalmente de extrema direita, ao contrário de vários colegas e não colegas que cá têm vindo ofender, com saudades do Salazar.




Falta de educação e argumentação,







Confusão e desvios de atenção.

Estes são apenas alguns exemplos dos enúmeros colegas que confundem assuntos e procuram desviar atenções. Repetidamente fui informando, até me cansar e desistir, que este Manifesto é um assunto e o facto de o Governo a dada altura, ter ofendido os enfermeiros, é outro assunto diferente. Ou não? Ou acham então que por o Governo nos ter ofendido, Ana Rita Cavaco também pode ofender, inclusivamente quem afinal é inocente das suas acusações? Claro que me revoltaram essas ofensas. Se fiz um Manifesto? Não, não fiz.  E tu que me acusas de não o ter feito, fizeste? É típico de quem reclama, mas afinal fica sempre sentado, aguardando que outros façam. Infelizmente assisti muito a este quadro, enquanto dirigente sindical. 

Questionam também insistentemente por que é que em vez desta iniciativa, não luto pela carreira. Mais uma vez assuntos distintos e mais uma vez esclareço que sempre lutei e continuo a lutar por uma carreira digna. Só demonstra que não têm lido ou não têm lido com atenção, os comunicados anteriores.







Acusações de desunião. Desunião, para mim, é precisamente isto que tenho mostrado. Não! Não me vou unir a quem me ofende e não contra-argumenta de forma educada e democrática. Não! Não me vou unir a quem cegamente defende posturas e comportamentos condenáveis. 
Sim! Defendo a união e provavelmente serão muito poucos aqui, ou nenhuns, que a defenderam e defendem como eu. União para mim, não é isto. União é, dialogar e respeitar o outro,  por muita divergência de opinião que possa haver.




Muitos mais haveria para mostrar, basta visitarem algumas páginas onde partilho os últimos comunicados. Mas não vos incomodo mais com este material pesado e difícil de digerir.
Deixo-vos, a propósito, com esta mensagem mais otimista, que recebi:


"Estamos numa época do populismo e sobretudo do  medo e por esse motivo temos de ser tranquilos para a razão prevalecer e a segurança renascer. Não é fácil, mas consegue- se desde que cada um consiga transmitir precisamente isto com coerência, sem ódios, mas sim com respeito e dignidade. Já é uma vitoria se cada um de nós conseguir que mais um colega perca o medo. É intolerável a imagem que é passada por uma voz e seus seguidores que se encontram cegos. Cegos não porque apoiam esta equipa eleita, mas sim porque perderam os limites da liberdade ... que termina quando começa a do outro. Não é condenável apoiarem, como não podem condenar quem não apoia, desrespeitando um a um em plena rede social, desrespeitando uma historia que é de todos .
O manifesto que se encontra em fase final , abordará  não só os dias de hoje como um vasto leque de atitudes que não dignificam a nossa profissão. Por isso acredito que seja demorado a sua realização, para nada falhar.
Precisamos de ter tranquilidade e manter os nossos valores e sobretudo devolver a sociedade uma profissão respeitada.
Aguardo assim o manifesto, e continuo a contribuir com mais um... porque só assim vale a pena

Nos entretantos fiquem bem e protejam-se"

ps: a escolha das cores no Logo inicial (azul e verde) é um convite a vós colegas, que estais muito nervosos. Ide passear pelo verde dos campos, ou junto ao azul do mar, para ver se acalmais. Mas sempre em segurança! Se não quiseres, vou eu!

Tiago Subtil Membro OE n.º 40791

21 fevereiro, 2021

O inquietante agradecimento de Ana Rita Cavaco a Marcelino da Mata

Sei que incomodo muitos, com a minha, digamos, persistência em repudiar posturas repetidamente condenáveis (na minha convicção) da actual bastonária da Ordem dos Enfermeiros.

O problema é que, na minha consciência, é impossível permanecer em silêncio perante absurdos de deixar pasmo qualquer pessoa de bem. Depois, além disso, gosto de refletir, escrevendo e de manter aceso o Movimento – Manifesto pela Dignidade, que em breve eclodirá. Se ainda procuras forma para o conhecer e assinar, contacta manifesto.dignidade.cj@hotmail.com

Desta vez, a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros indignou-se porque só o CHEGA, mais uns apêndices de extrema direita e o PR (!!!!) estiveram no funeral de Marcelino da Mata.

Escreveu, passo a citar: “Um país sem memória e sem história não existe. Acham-se donos do país? Não são. Vergonha. A minha vénia Sr Tenente Coronel e o meu obrigada.” E termina com o hashtag “semperfi” e hashtag “vergonhanacional”.

 


Três  apontamentos apenas, antes do desenvolvimento,

Sra Bastonária, o país tem memória sim e a história nunca se apaga, mas não se deve celebrar ou reconhecer aquelas que foram as páginas negras da história. Podemos relembrá-las para que nunca se repitam mais, mas nunca celebrá-las e muito menos agradecê-las.

Semperfi, uma forma abreviada de semper fidelis, o hashtag que se tornou emblemático no seu discurso, é uma expressão marcadamente militar, o que na minha opinião não se coaduna com aquilo que deveriam ser os pergaminhos de uma bastonária de uma Ordem profissional.

Vergonha é a palavra que o seu amigo André Ventura mais utiliza para atacar o Governo. Curiosamente utilizou-a no mesmo contexto. Não defendo o Governo, mas estar persistentemente a atacá-lo, é , no mínimo, contraproducente.

Então vejamos quem foi Marcelino da Mata, o “Rambo da Guiné”.

Fiz uma pesquisa de artigos de opinião, publicados em jornais e plataforma digitais de referência e chego a uma conclusão. Os que defendem e elevam Marcelino da Mata a herói, apenas se debruçam sobre os actos heroicos. Sim, este militar foi corajoso, ajudou a salvar outros militares portugueses e era exímio na “arte da guerra”, mas esquecem-se dos crimes de guerra. Esses são relembrados pelos autores que se opõem determinantemente a um reconhecimento. Há evidências de relatos de terror e barbárie, pelo próprio Marcelino da Mata, que se vangloriava dos seus actos macabros. Alguns desses, não os vou aqui mencionar para não magoar os(as) mais sensíveis, mas deixo os links.

In Expresso,

“Nunca foi herói. Os heróis têm um ideal, Marcelino da Mata não o tinha”, disse ao Expresso o coronel Carlos Matos Gomes, militar da revolução de Abril, que combateu na Guiné durante a Guerra Colonial. Artigo completo aqui 

 “Marcelino da Mata era tão contraditório como todas as guerras (…). Era um militar corajoso e audaz (…). À luz de qualquer código moral ou militar, cometeu inúmeros crimes de guerra. (…) Vangloriava-se de atirar granadas incendiárias para as palhotas e, depois, matar homens, mulheres e crianças.”


In Noticias Online - por Garcia Pereira

"Não apaguem a memória!” foi a palavra de ordem, e também a denominação, do movimento cívico criado e lançado em 5 de Outubro de 2005 por um grupo de cidadãos – o qual tive a honra de integrar – que justamente se indignou com o facto de se permitir que o edifício sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa, pudesse ser transformado num condomínio de luxo, sem sequer se assinalar não apenas que ali haviam sido encarcerados, torturados e até assassinados, às mãos dos esbirros da polícia política, inúmeros combatentes anti-fascistas (…)

Um povo sem memória é um povo sem futuro. (…) Ora, foi precisamente isto que sucedeu, entre outros, com os massacres de Batepá (em 3/2/1953, em São Tomé), Pidjiguiti (em 3/8/1959, na Guiné-Bissau), Mueda (em 16/6/1960, em Moçambique), Baixa do Cassange (em Fevereiro de 1961, em Angola), e como os de Mukumbura, Chaworba, Juawu e Wiriyamu (entre 1971 e 16 de Dezembro de 1972, todos no distrito de Tete, em Moçambique, e denunciados por padres católicos como Adrian Hastings e Enrique Fernando).

Todos estes massacres, sempre negados e desmentidos pelo regime fascista e pela sua propaganda, causaram centenas de vítimas (mais de 1.000 no de Batepá e mais de 400 no de Wiriyamu), assassinadas muitas delas com horríveis requintes tanto de repugnante malvadez como da mais miserável cobardia, que rigorosamente nada têm que ver com princípios de “honra”, de “coragem” ou de “heroísmo” e antes constituem verdadeiros crimes de guerra, os quais devem ser lembrados e denunciados como tal.

 Porque, se o não fazemos, um dia destes até parecerá que não houve regime fascista, não houve nem censura nem polícia política, nem prisões, nem torturas, nem assassinatos políticos, nem guerra colonial, nem crimes ou criminosos de guerra(…). 

Vem tudo isto a propósito do facto de que, nos últimos dias, imprensa e redes sociais se encheram de “notícias” e sobretudo de comentários relativos ao falecimento e ao funeral do tenente-coronel Marcelino da Mata e sobre as homenagens de que ele seria supostamente merecedor que alguns vieram defender, não raras vezes com o infelizmente habitual recurso ao insulto e ao ataque pessoal contra os discordantes.

E, mais do que isso, em tais cerimónias, e como se de um verdadeiro herói nacional se tratasse, fizeram-se representar os partidos políticos Chega, Ergue-te! e PDR e compareceram, para além do Chefe do Estado-Maior do Exército, General Nunes da Fonseca, e do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante Silva Ribeiro, o próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que, todavia, já não esteve presente nos funerais de militares que fizeram o 25 de Abril e que faleceram recentemente como Teófilo Bento, Luís Macedo, ou Abrantes Serra.

Quem foi Marcelino da Mata?

Mas quem foi, afinal, Marcelino da Mata? (…)

Entre 1966 e 1973, Marcelino da Mata foi inúmeras vezes louvado e condecorado pelo regime colonial-fascista, recebendo dezenas de louvores, duas medalhas de 1ª classe, duas de 2.ª classe e uma medalha de 3ª classe da Cruz de Guerra, tendo, em 02/07/69, sido feito Cavaleiro da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, de Valor, Lealdade e Mérito (a mais elevada ordem honorífica de Portugal).

É óbvio que o regime fascista não condecorava à toa, (…) Marcelino da Mata ficou conhecido e se tornou merecedor dos louvores que recebeu, mas sim enquanto colonizado que escolheu ficar do lado do colonizador e, muito mais ainda, enquanto autor de barbaridades indizíveis contra não só o “inimigo” (os guerrilheiros do PAIGC) mas também contra populações civis completamente indefesas e com cuja tortura e massacres se satisfez, gabando-se e orgulhando-se de tais “proezas” até ao fim dos seus dias. Não foi, aliás, por acaso que ficou conhecido por “Rambo da Guiné”, comparado com o qual, conforme o próprio se gabava, o original seria uma criança…

No livro O interior da revolução, de Vasco Lourenço, este relata explicitamente como Marcelino da Mata contou em Bissau a vários outros militares, uma das suas proezas: “(…) Entrámos na tabanca, deitámos granadas incendiárias para as palhotas, as pessoas fugiram para o centro da tabanca, matámos todos, homens, mulheres e crianças”.

Relato similar foi feito pelo próprio, em 1971, na sequência da Operação Mar Verde, no Xime (cais do rio Geba), com exibição de um boião de vidro com despojos humanos conservados em álcool, segundo referência de Clementino Castro, da Companhia de Artilharia (CART) 3715.

E segundo os relatos dos que por lá passaram, quer na BA12, quer, antes disso, nos chamados “Roncos de Farim”, sempre foram amplamente conhecidas as sanguinárias façanhas de Marcelino da Mata, ou seja, dos verdadeiros crimes de guerra por ele cometidos, e o modo como deles se gabava e ufanava, a ponto de proclamar, e por diversas vezes, que quando capturava “turras” (guerrilheiros ou suspeitos de com estes colaborarem), não os entregava à PIDE pois preferia torturá-los das formas mais bárbaras e ficar a vê-los morrer no maior dos sofrimentos.(…) 

Por isso, para que este pretenso “herói” Marcelino da Mata e o que ele representou e representa não seja esquecido, é preciso gritar de novo e bem alto:

Não apaguem a memória!

In Jornal Sol

“o coronel Folques recorda um soldado exemplar: «Portou-se como sempre se portava. Portou-se muito bem. (…) Foi o único militar que esteve sempre operacional, não teve nenhum descanso, não teve nenhuma pausa, esteve presente durante os 13 anos de guerra que houve na Guiné», destaca o coronel Folques, (…) Marcelino da Mata foi posto à prova. A lista estende-se por mais de duas mil missões, incluindo a famosa ‘Mar Verde’, em 1970, na qual foram libertados 26 prisioneiros de guerra portugueses. (…) «É preciso dizer que são homens como o Marcelino que têm coragem e altruísmo bastantes para pôr a sua vida em risco, ao serviço de um conceito de pátria à prova de ideologias», recorda. Para o major, o tenente-coronel «não foi apenas um soldado exemplar», foi também «um cidadão que honra todos os portugueses e que envergonha todos os seus detratores». «Marcelino não vai morrer, nem ele nem os comandos vão morrer. E vão ficar na história, quer queira quem diz mal dele ou não»

Artigo completo, onde estão relatos chocantes aqui 

In Contacto, por Raquel Ribeiro

Declaração de princípios: sou, como muitos da minha geração, filha de um veterano da guerra colonial. Não o digo para invocar qualquer lugar de fala, mas para acrescentar que compreendo que memórias da guerra não são nunca memórias em paz. (…)

Trabalho igualmente como investigadora com veteranos de guerras civis (Angola) ou com dinâmicas distintas (Colômbia). Portanto, não tratarei de julgar pessoas que em determinadas circunstâncias "fizeram guerra", com tudo o que isso implica, apanhadas nas encruzilhadas da história, inscrevendo-se ou apagando-se nela/dela consoante os processos da sua (re)escrita. (…)

Interessa-me menos julgar Marcelo ou até os Capitães de Abril que se pronunciaram sobre o militar, realçando a sua "coragem" e, muitos, acrescentando um "mas" à sua conduta, do que a exaltação de uma masculinidade tóxica, de uma retórica nacionalista, salazarista, colonialista que circulou nos últimos dias a propósito do "herói" contrafeito canonizado pela direita conservadora e pela extrema-direita. Começou pela nota do CDS, para que se declarasse luto nacional e funeral de Estado, e passou pelos louvores ao militar pelo líder do Chega, do PNR, sites nacionalistas, e por comentadeiros com saudades do chicote da PIDE e do sangue da guerra nas colónias.

 In Minho Digital, por Manso Preto

“O Tenente-Coronel Comando Marcelino da Mata foi o militar português mais condecorado de sempre. Durante a Guerra Colonial, lutou pelas Forças Armadas de Portugal, tendo participado em 2412 operações de combate. Com ele, morreu grande parte do Portugal que amava!

Marcelino da Mata abraçou uma Pátria que não escolheu a cor da pele. Queria sobreviver e, corajosamente, esteve sempre na primeira linha. Voluntarioso, era o primeiro a dar um passo em frente (…)

Os seus feitos fizeram dele uma lenda viva, uma referência daqueles que olham com respeito a Bandeira Nacional e ainda se arrepiam ao ouvir o Hino Nacional!

Dizia-me há dias um amigo que com ele privou que Marcelino da Mata era um ser humano extraordinário e que por trás do valente guerrilheiro estava um homem de sensibilidade rara. (…)

O Panteão Nacional, espera-o! Oxalá haja uma avaliação objectiva, independente, patriótica para avançar com o processo!

Porque a História não se reescreve!





Tiago Subtil, membro OE n. 40791

manifesto.dignidade.cj@hotmail.com

20 fevereiro, 2021

3.º Comunicado - Manifesto pela Dignidade

Esta semana tem sido incrível em apoio e encorajamento para não desistir de liderar o Manifesto pelo Respeito e Dignidade, decorrente de todas as polémicas que envolvem Ana Rita Cavaco e a Ordem dos Enfermeiros.

Mas o melhor apoio veio da minha mãe e da minha tia. Já tinham manifestado o orgulho no filho e sobrinho que têm, mas agora, tendo em conta tudo isto que se tornou (e irá tornar) notícia, vincaram esse orgulho, relembrando a memória do meu avô, um homem de causas, um lutador pela liberdade, verdade e justiça, que nunca cedia perante adversidades inflamadas e o quão ficaria orgulhoso do neto.

Em sentido oposto, tenho tido desilusões com alguns colegas e amigos que se abstêm de assinar o Manifesto que iniciei e dessa forma, tomar uma posição relativamente aos assuntos graves e importantes para a Enfermagem:

  • Atropelo à imagem e dignidade dos enfermeiros, decorrente das posições da bastonária dos enfermeiros, com ofensas e insultos a inocentes (e supostos culpados) das acusações de incumprimento das regras de prioridade vacinal e a enúmeros enfermeiros, seus colegas, que com educação, expõe factos e pontos de vista.
  • Vários processos em tribunal, em curso e já terminados, pagos com o dinheiro das nossas quotas.
  • Processo da Sindicância em MP, ameaças e confirmações de processos de difamação e o Processo já antigo de suspeitas de falta de transparência e uso indevido de verbas da OE.


Obviamente respeito as decisões, mas não consigo compreender, quando me dizem, por exemplo, que a Bastonária “não esteve nada bem, mas não me queria meter em confusões” .

Que interpretações podem ser feitas?


 


Isto assusta-me e leva-me a pensar – Mas afinal vivemos num Estado livre e democrático ou recuámos 50 anos?

Vivemos num país onde o insulto e a coação são normais, banais e impuníveis e onde uma tomada de posição legítima, em defesa da dignidade e verdade, é ridicularizada e desvalorizada.

Vivemos num país onde se pode insultar alguém com:

"Velha de merda, burro, trastes, esterco, gorda-fura-filas, fina flor do entulho, ratos do porão, bestas, sabugos, parvos, bandalhos, porcos, vigaristas, nojos, chiqueiros, hipócritas, corruptos, parvalhona com focinho, lacaios, mongolóides, mentirosos ordinários, aldrabões, troca-tintas, chicos-espertos, bêbados e lambe-botas" e nada acontece?

Sinto revolta, desprezo e vergonha quando a máxima representante da Ordem dos Enfermeiros, tira a máscara e vai cumprimentar um líder de extrema direita, fascista, xenófobo, populista, racista, homofóbico, misógino, a favor da castração química e prisão perpétua, entre outros títulos e louvores.

Sinto vergonha quando se insurge, porque os partidos da Assembleia (excepto o CHEGA) não estiveram presentes no funeral de um criminoso de guerra.

Sinto indignação, quando dificulta, ou não procura em conjunto com o Governo encontrar soluções para os processos de contratação de enfermeiros estrangeiros ou formados fora do país, um recurso criado ao abrigo do estado de emergência.

Sinto vergonha e indignação e não esqueço por ter sido utilizado o meu dinheiro, das minhas quotas à Ordem, para pagar 37000 eur à SIC para fazer publicidade à profissão de enfermagem (como se isso fosse necessário, ou fosse feito dessa forma), colocando numa telenovela, uma enfermeira a enganar-se com a medicação e em altos filmes românticos com um outro actor em pleno local de trabalho.

Igualmente sinto vergonha e indignação por ter sido contratado para a Ordem, um seu amigo do Chega com uma avença de 72.000 eur. e um outro do PSD por 97.000 eur.



                                              








                                                         ******

Recentemente foi entregue uma lista com mais de 100 assinaturas a juntar aos dezoito assinantes de um manifesto encabeçado por um enfermeiro com um percurso profissional notável, uma das referências de enfermagem a nível Nacional.

E o que fazem elementos da Ordem? Ridicularizam e desvalorizam os cerca de 120 assinantes.

Questiono: 120 enfermeiros que se insurgem perante esta vergonha é ridículo?

E 250? Também é ridículo? E 1 só? É ridículo?

E alguma vez, vocês, arautos da ofensa, acharam que a maioria dos enfermeiros aplaudem as posições de Ana Rita Cavaco?

Têm noção que provavelmente 80% dos enfermeiros portugueses não querem saber da Ordem e não querem saber de redes sociais, onde está a informação e o lixo? Não querem saber! E como os compreendo!

O que não compreendo é como se continua a insistir na justificação de que se o Governo ofende os enfermeiros, a sua máxima representante, também o pode fazer!

Como é possível justificar um erro, com outro erro e normalizá-lo, desvalorizá-lo!!!?

Como é possível ser-se ingénuo ao ponto de insistir no argumento de que Ana Rita Cavaco mexe com o sistema e faz as pessoas e os políticos falarem da Enfermagem, se os comentários e notícias na comunicação social têm sido maioritariamente sobre polémicas e vergonhas! Hoje mesmo uma jornalista contactou-me e no meio da nossa conversa surpreendente e motivadora, afirmou que Ana Rita Cavaco não tem vias de diálogo no Governo, porque como já referi também, desprezam-na. E por muitas falhas que o Governo tenha, essas vias de diálogo não foram cortadas por sua responsabilidade.

Então e isto é que é falar da Enfermagem, é esta a imagem que se pretende da Enfermagem ?

Esperam evolução da enfermagem com este lodo que foi trazido por Ana Rita Cavaco?

Sim, lamentavelmente eu estou neste lodo, mas não fui eu que o trouxe! Preferia estar tranquilo, em paz, sem ter zangas com pessoas que me dizem muito, mas isto é uma questão de princípios e respeito! E não há recuos! Ninguém jamais me irá demover!

                                          ********

Sinto revolta e desprezo por enfermeiros que atrás de um teclado, ofendem colegas que foram parte integrante da construção da enfermagem portuguesa e que hoje têm entre 60 e 80 anos. A história certamente não recordará os ingratos e cobardes!

Sinto revolta e desprezo por constatar que há administradores de páginas de enfermeiros em redes sociais, que eliminam posts e comentários que, sem ofensas e insultos, criticam a postura de Ana Rita Cavaco e ao mesmo tempo permitem posts e comentários ofensivos e insultuosos de seus admiradores e protetores.

Sinto revolta e desprezo por enfermeiros que desempenham funções na Ordem e que continuamente ofendem e ridicularizam sindicalistas nas redes sociais.

Sinto revolta e desprezo por quem insiste em colar este manifesto a sindicatos, mesmo depois de lerem todos os esclarecimentos relativamente ao contrário.

Sinto mágoa, desalento, mas também alguma compreensão quando ex-colegas meus do sindicato, mesmo a concordar com o Manifesto, não o assinam, porque prevêem a sua colagem ao sindicato, por parte dos arautos da ofensa, que incompreensivelmente influenciam muitas e muitos.

Duvido da moralidade de quem presume que Ana Rita Cavaco seja a única enfermeira capaz de liderar a Ordem dos Enfermeiros e que quem viesse, seria "mais do mesmo do passado".

 

                                                           ********

Neste momento é urgente perceber quem sai dos jogos de bastidores dos vários grupos privados de Facebook / Whatsup anti-Ana Rita Cavaco.

É urgente perceber quem deixa de perder o tempo em chats com algumas discussões inócuas e toma uma posição concreta para que rapidamente se saia deste lodo e se parta para o que efectivamente interessa - evolução da Enfermagem.

É urgente perceber quem dá a cara por uma causa profundamente legitima e digna.

Por mim, pelos valores que me transmitiram e que um dia as minha filhas irão entender e praticar e por todos aqueles que me enviam estas mensagens, que eternamente guardarei,

 

Tenho de te dizer que gosto muito de ti e quero te para sempre no meu caminho como amigo. Porque pessoas como tu sao tão raras tão valiosas que quem encontra nunca pudera perder.

Bom dia Enf. Tiago. Obrigada pela sua coragem e persistência.

Pela Dignidade! Podem contar comigo!

Gostaria de me juntar a este manifesto, pois pretendo pugnar pela dignidade da nossa classe.

Penso que é importante haver movimentos com diversas ações, nestas matérias de indignação profissional e institucional.

Eu assino o Manifesto! Não gosto de gente mal educada e sem o mínimo de ética


Tiago, não comento as tuas publicações porque acho que não me compete. E não ia ser eficaz. Aliás, acho que um médico falar do assunto, só ia perturbar a tua mensagem e desfocar o tema. Mas não consigo não dizer-te que acho incrível a tua coragem e clarividência.
Esta personagem tem de ser desmascarada. É triste ver gente com quem trabalhei (e bem) ser enganada com tamanha demagogia e populismo. É triste que se misture uma Ordem com sindicatos. É triste a imagem que esta mulher dá da Enfermagem portuguesa. É triste ler os comentários dos teus colegas.
Presidir a uma Ordem é um mandato para tornar uma classe mais respeitável e reputada. O que esta senhora está a fazer é deplorável. E no fundo, é o oposto do que lhe pediram quando a elegeram.
Atirou os Enfermeiros para a dimensão dos pobres de espírito. Dos que cedem. Dos que não pensam.
O que esta Bastonária está a fazer, é dar razão a muitos médicos idiotas que acham que os Enfermeiros são uma classe inferior e subserviente. Sim, porque muitos médicos se estão a rir agora de tudo o que essa personagem diz. Só serve para cavar o fosso. A distância de dignidade. É um assassínio de carácter para 90% dos enfermeiros.
Mas é a tua luta. Não a minha. (a minha Ordem também está longe de ser exemplar)
Desculpa a invasão mas uma palavra de alento da sempre jeito.

 

Envia a tua intenção para:

manifesto.dignidade.cj@hotmail.com


Tiago Subtil N. membro OE 40791


16 fevereiro, 2021

81 e sempre a subir

 


𝟠𝟙 𝕖 𝕤𝕖𝕞𝕡𝕣𝕖 𝕒 𝕤𝕦𝕓𝕚𝕣

A minha declaração ia ser um pouco corrosiva, mas surgiu um sinal divino, recebi uma chamada.  Recebi (mais um) apoio de uma grande enfermeira e professora já aposentada, onde após uma hora de uma conversa riquíssima, referindo o motivo de nos estar a apoiar, concluiu dizendo - Tiago não cedas perante a ofensa, mantem-te calmo e educado, não desças o nível.

Respondendo então aos variadíssimos comentários que questionam onde é que eu e aqueles que pretendem assinar o Manifesto andávamos, quando a Ana Jorge acabou com a carreira, quando temos precários, cits, desvalorização, desrespeito pela classe, etc. 

Eu respondo: a lutar e a manifestar-me, tal como a maioria ou todos os assinantes! 

Serão poucos os enfermeiros no meu hospital que terão feito todas as greves. Eu fi-las! Todas! E sabe porquê que eu sei? 

Porque era eu que fazia todas as contagens dos grevistas e não grevistas! Sim! Fiz trabalho sindical com todo o gosto, com o objectivo de ser um elo de ligação entre os meus colegas, o Hospital, o sindicato e a informação actualizada! 

Tive as minhas falhas, mas dei e continuo a dar o meu melhor! (Fui dirigente sindical, agora desempenho outro tipo de funções, mas sempre em defesa da enfermagem)

Fui a Lisboa várias vezes para Manifestações, fiz 700 kms num dia só para intervir em reuniões sindicais, para estar em frente ao MS e para estar presente na Mega Manifestação dos movimentos Basta, mesmo sendo dirigente do SEP, quando muitos insultavam à passagem pela sede. 

Apoiei a greve cirurgica, mesmo com muitas duvidas, mas contribui monetariamente e hoje  arrependo-me disso. 

Colegas, ao levantarem estas questões estão nitidamente a querer desviar as atenções.

O assunto: Luta da Enfermagem pela carreira, pela valorização, pelos enfermeiros, não tem nada a ver com o assunto: Manifesto pela dignidade dos enfermeiros decorrente das atitudes provocatórias e insultuosas da bastonária da OE.

Eu posso lutar pela carreira e posso e devo manifestar-me por não me rever neste estilo, forma e conteudo da bastonária, onde agora ultrapassou já há muito, todos os limites do tolerável. Basta lerem as notícias!

Colegas isto não é nenhuma guerrilha, é apenas um Manifesto, uma tomada de posição pública. Ou estão a opor-se a que eu e muito como eu se manifestem?

Não precisamos do teu apoio, apenas que nos respeites, assim como eu respeito quem, com educação, defende a sua posição a favor de ARC.

Obrigado e força a todos nesta luta contra a pandemia.

Apoia o Manifesto e comunica a tua intenção de assinatura para


manifesto.dignidade.cj@hotmail.com


Tiago Subtil

14 fevereiro, 2021

Manifesto pela dignidade

 𝘾𝙖𝙧𝙤𝙨 (𝙖𝙨) 𝙀𝙣𝙛𝙚𝙧𝙢𝙚𝙞𝙧𝙤𝙨 (𝙖𝙨), 𝙘𝙖𝙧𝙤𝙨 𝙘𝙤𝙡𝙚𝙜𝙖𝙨 𝙚 𝙖𝙢𝙞𝙜𝙤𝙨,

As mais recentes declarações provocatórias e ofensivas da senhora enfermeira Ana Rita Cavaco, que ocupa o cargo de Digníssima Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, com os mais diversificados insultos, mesmo a indivíduos inocentes das acusações, conduziram-nos a uma posição onde já há muito se ultrapassou o limite do tolerável.

A Ordem dos Enfermeiros é uma Associação profissional de direito público e de reconhecida autonomia pela Constituição da República Portuguesa, criada com o objetivo de promover a autorregulação da profissão, com respeito pelos princípios da harmonização e da transparência.

À Ordem dos Enfermeiros está expressamente afastado o exercício de funções próprias das associações sindicais.

A Ordem dos Enfermeiros está dotada de uma organização interna baseada no respeito dos direitos dos seus membros e na formação democrática dos seu Orgãos.

Tendo em consideração o referido, constitui-se o “Movimento pela dignidade”.

Em apenas dois dias estão reunidos 60 enfermeiros que manifestaram a sua vontade em assinar o Movimento que será tornado público e que solicita à Conselho Jurisdicional da Ordem dos Enfermeiros um pedido de esclarecimento sobre várias matérias, onde se destaca:

• Atropelo à imagem e dignidade dos enfermeiros, decorrentes das posições insultuosas da maior representante dos enfermeiros e de elementos pertencentes a cargos na OE.

• Processos judiciais em curso - (Sindicância, difamação).

Trata-se de um movimento composto pelos mais diversos quadrantes de profissionais, desde não sindicalizados a sindicalizados, enfermeiros no exercício a aposentados, partidários a apartidários, ex-candidatos a não candidatos aos órgãos da Ordem dos Enfermeiros e desde notáveis a não notáveis.

Colega, sabemos do clima de ameaça, intimidação e ofensa que determinados elementos da Ordem dos Enfermeiros nos têm habituado, mas vivemos num estado de direito, democrático e livre, por isso que não hajam hesitações ou receios.

Não temos segundas intenções. O que nos move é o respeito e a dignidade! Não queremos o lugar que a Sra Enfermeira Ana Rita Cavaco ocupa!

Queremos que a população nos identifique mediante os princípios de respeito e dignidade, para que dessa forma se tornem aliados na procura de uma carreira mais justa, que tanto merecemos.

Este é um movimento com um único e só objectivo – demonstrar ao cidadão português que nos demarcámos totalmente deste estilo, forma e conteúdo brejeiro e desprestigiante por parte da nossa máxima representante.

Somos a linha da frente, somos os que cuidam, de todos sem excepção e sempre com respeito.

Apoia e assina o Manifesto que em breve será difundido.

Para isso envia uma mensagem por messenger ou email para

𝗺𝗮𝗻𝗶𝗳𝗲𝘀𝘁𝗼.𝗱𝗶𝗴𝗻𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲.𝗰𝗷@𝗵𝗼𝘁𝗺𝗮𝗶𝗹.𝗰𝗼𝗺 , manifestando a tua vontade.


Partilha este movimento. 


Tiago Subtil n.º OE 40791